mãos de ansiedade estrangulam-me.
dedos de dúvidas espetam as unhas na minha jugular.
furam-na.
e o sangue escorre. gota. a. gota.
acumula-se numa pequena piscina nas covas da minha clavícula.
engulo um braço espírito espinhoso e dói.
barbatanas negras e pontiagudas furam o meu coração.
pequeno buraquinho
por onde o sangue escorre. gota. a. gota.
faz comichão.
um sopro gélido arde sem ritmo.
focos de raiva ácida queimam os túneis de refrigeração.
não há salvação. há salto.
pelo crânio esmagado o sangue escorre. gota. a. gota.
até não haver mais.
Monday, April 11, 2011
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